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Trabalho Sociedades Contemporâneas
Trabalho Sociedades Contemporâneas

Introdução

 

Este presente trabalho vem mostrar sobre as sociedades contemporâneas. Os prós e contra de todas as  transformações que ocorrem em uma sociedade.

Foi minuciosamente redigido um texto com base em pesquisas e no dia a dia de todos, para se falar como o hiperconsumo tem afetado em vários campos a sociedade. O que foi contribuído para tal e o preço que se paga todos os dias por esta evolução. 

 

Sociedades Contemporâneas

A Hipermodernidade

 

Tempos modernos! Quanta evolução a sociedade tem presenciado. O que é novo hoje já se torna ultrapassado amanhã. A tecnologia com sua evolução e transformação cotidiana, tem contribuído nos casos da saúde, da informação; tem-se tanta precisão nestes assuntos que já se pode conversar com pessoas de qualquer lugar do mundo ao vivo. As notícias são passadas em tempo real. Tudo é maravilhoso. Parece mágica. Esta evolução tem contribuído tanto na medicina que já se pode descobrir doenças que a pessoa pode vir a ter.

Gilles Lipovetsky, professor de filosofia na Universidade de Grenoble, autor de vasta obra publicada onde reflete sobre as sociedades contemporâneas (A Era do VazioO Luxo Eterno ou O Crepúsculo do Dever, entre outros), teórico da “hipermodernidade”, diz que:

“Depois do aparecimento do capitalismo de massas, no fim do século XIX, e da «sociedade de abundância», no pós-guerra, o mundo vive hoje uma nova forma de consumo, iniciada nas duas últimas décadas e marcada pela oferta permanente de produtos em escala e intensidade jamais observadas. Segundo Lipovetsky entrou-se assim num terceiro estádio do capitalismo, ao qual chamou «a sociedade do hiperconsumo»”.

 

Antes de qualquer coisa, precisamos definir o que é consumismo, e segundo o dicionário Aurélio consumismo é paixão por comprar; tendência a comprar sem freio; excesso de consumo; sistema caracterizado por esse excesso.

O consumismo é típico das sociedades capitalistas e é estimulado pelas campanhas publicitárias vinculadas, principalmente na tv, cinema e meios de comunicação (revistas, jornais, rádios).

As propagandas, os anúncios, as ofertas por vezes enganosas, mostradas, são elaboradas com o intuito de mexer com a mente das pessoas, fazendo com que estas vejam o produto anunciado e venham ter a idéia de que necessitam deste produto e acabam por conseqüência, virem a adquiri-lo.

Nesta nova «era do hiperconsumo», o apelo ao consumismo entranhou-se no cotidiano de todas as classes sociais e definiu uma forma rara de relacionamento do indivíduo consigo mesmo e com o outro, para o bem e para o mal, diz Lipovetsky. O filósofo considera que:

 

“Numa sociedade onde as necessidades dos cidadãos estão constantemente em observação e a ser alvo de elaboradas estratégias de mercado, as pessoas são estimuladas, de forma manipuladora, a consumir.”

 

 

A humanidade cada vez consumindo mais, para o ser humano estar em uma loja, por telefone e até mesmo pela internet, comprar está deixando de ser um ato necessário, mas sim, uma ação para aumentar ainda mais o ego de quem quer comprar, como por exemplo, o telefone celular de última geração, o mais moderno no mercado, sendo que a poucos dias atrás acabara de adquirir aquele telefone celular que era considerado “o mais moderno”.

O ato de consumir, para alguns, se tornou algo tão comum, que até deixa-se de lado o ser para se tornarem escravos de uma transformação desenfreada chamada tecnologia, onde cada vez mais evolui, para o bem e até para o mal da sociedade.

Alguns pontos positivos para serem listados é o aumento de circulação de dinheiro no país, quanto mais se compra, mais a produção aumenta e mais empregos são criados.

Pessoas descontroladas, sem planejamento familiar estão cada vez mais se endividando. Em alguns casos, o consumismo se torna doença.

A própria sociedade cobra de todos, a necessidade de sempre se ter mais, o mais moderno de ontem se torna ultrapassado hoje. Se o indivíduo não acompanha esta evolução dá-se a impressão de que não pertence aquela sociedade.

Há um consumo muito exagerado não só na esfera tecnologia, mas também no mercado de calçados, vestuários. O que é muito preocupante é não só o endividamento das pessoas, mas este consumo desenfreado de produtos que por muitas vezes não tem tanta relevância assim.

O mundo em que estamos vivendo hoje, nos surpreende a cada dia que se passa. Tecnologias mega avançadas, estudos de vacinas e cura de doenças que até uns 15 anos atrás eram consideradas doenças que levariam a morte (como por exemplo, a AIDS). Hoje, com toda modernidade que nos foi trazida com as evoluções no mundo, uma pessoa aidética pode viver por vários anos como se nada tivesse, pois os medicamentos as permitem isto.

Outro fator muito importante que pode-se observar sobre o consumismo, que este cresce exacerbadamente a cada dia debaixo dos nossos olhos. Os aparelhos eletrônicos, por exemplo, são quase “descartáveis” já que é lançado um modelo novo a cada dia, deixando ultrapassados tão depressa os aparelhos. O cartão de crédito é outro meio que veio nesta Era de modernidade, que permite às pessoas consumir sem pensar, sem precisar de tal coisa, apenas porque acha algo bonito. Nesta HIPERMODERNIDADE a real necessidade perdeu espaço para o “eu quero” apenas. As famílias estão deixando de lado atos tão importantes como uma simples conversa, um simples almoçar/jantar juntos ao redor de uma mesa. Hoje com esta evolução tamanha na sociedade momentos em família estão ficando ultrapassados, o olho no olho não existe mais e muitas conversas são feitas através de redes sociais e aplicativos em celulares.

O que vemos hoje, são pessoas vivendo isoladamente, cada qual com seus aparelhos eletrônicos, ouvindo músicas, jogos, conversas online. Como se a concepção de família, sentar-se em volta da mesa na hora das refeições, conversas sobre o dia de cada um, conselhos, experiências passadas, fosse algo raro.

No entanto fica uma pergunta no ar: O que será do mundo daqui uns 10/15 anos? O que será da sociedade em que vai viver os nossos filhos e netos?

O futuro, com tantas evoluções Pró-Modernidade nos deixam receosos, com medo do que o futuro pode trazer. Neste mundo onde tudo é descartável, o que será das pessoas daqui mais uns anos?

Esta é a pergunta que não quer calar. Modernidade sim, mas família, seres humanos devem ser em primeiro lugar.

O que necessariamente precisa-se frisar é se realmente tanta evolução, como a criação da MOEDA, tecnologia, dentre outras coisas, realmente foram tão necessárias e essenciais na vida das pessoas. Antigamente tudo era feito a base de trocas, o que um tinha e o outro não, era trocado. As pessoas viviam com o básico, não se necessitava mais do que era necessário para a sobrevivência. As famílias plantavam, cultivavam com suas próprias mãos os alimentos para a sua família. Os homens da casa trabalhando juntos na roça e as mulheres dentro de casa cuidando da educação de seus filhos. Isso se tornou hoje raríssimo, pois como o custo de vida se tornou caro por conta dessa necessidade das pessoas em sempre ter e consumir mais, os pais (mãe e pai), precisam trabalhar fora e seus filhos já não são mais criados como deveriam.

Um ouvinte da rádio CBN, escreveu uma carta que reflete bem como as transformações dentro de uma sociedade são rápidas e a visão dele, diz que:

 

“Meu nome é Sérgio, tenho 61 anos e pertenço a uma geração azarada: Quando era jovem as pessoas diziam para escutar os mais velho, que eram mais sábios. Agora dizem que tenho que escutar os jovens, porque são mais inteligentes. Na semana passada li numa revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico. E eu aprendi uma coisa... Aprendi, por exemplo, que seu eu tivesse deixado de tomar um cafezinho por dia durante os últimos 40 anos, eu teria economizado R$30.000,00. Se eu tivesse deixado de comer uma pizza por mês, teria economizado R$12.000,00 e assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas, então descobri, para minha surpresa, que hoje eu estaria milionário. Bastava não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muito das viagens que fiz, não ter comprado muitas das roupas caras que comprei e, principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos  e descartáveis. Ao concluir os cálculos, percebi que hoje eu poderia ter quase R$500.000,00 em minha conta bancária. É claro que eu não tenho este dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar com itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que eu quisesse e tomar cafezinhos a vontade. Por isso acho que me sinto absolutamente feliz por ser pobre. Gastei meu dinheiro com prazer e por prazer, porque hoje, aos 61 anos, não tenho mais o mesmo pique de jovem nem a mesma saúde. Portanto, viajar, comer pizzas e cafezinhos não faz bem na minha idade e roupas, hoje, não vão melhorar muito o meu visual. Recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com um monte de dinheiro em suas contas bancárias, mas sem ter vivido a vida. Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o valor das coisas e não seu preço.”

 

Contudo, através desta leitura, percebe-se um outro lado, um outro ponto de vista. O tempo que levamos para trabalhar todos os dias para sempre se ter mais, que por muitas vezes nem se é tão necessário. O tempo é algo que passa tão rápido que pensamos como pais, que precisa-se trabalhar para dar conforto aos filhos; mas será que não está-se preocupando somente com bens materiais e se esquece do tempo precioso que está-se ausente e este não volta mais?!

O conceito de moral, bons costumes, hereditariedade, dentre outros, está perdendo posição na sociedade. Os pais, já não conseguem mais ensinar aos seus filhos o que é certo e errado, limites, educação, boas maneiras, respeito pelo outro.

O que será, num futuro não tão distante, das famílias? Dentro de uma casa, o que se tem hoje, são os filhos isolados em seus quartos com seus aparelhos eletrônicos ou na rua, a mãe em seu computador, o pai em seu notbook, todos dentro desta casa mais sem sequer conversar. Este é o preço da saída dos pais todos os dias para ir trabalhar e comprar estes produtos para separar sua própria família.

O indivíduo de hoje quer ser só, sempre e cada vez mais só e ao mesmo tempo não conseguem suportar a si mesmo estando só.

Estamos com o que fechados numa concha egocêntrica. Jovens e adultos, por exemplo, que, fechando-se em si mesmos, tentam ou desejam neutralizar o mundo exterior através de seus fones de ouvido, em seus sons extremamente altos, “vivem ligados à música desde o amanhecer até à noite, como se tivessem a necessidade de estar sempre em outro lugar[...]; tudo acontece como se eles precisassem de uma desrealização estimulante, eufórica ou embriagadora do mundo” (LIPOVETSKY, 2005, p. 06).

Esta nova sociedade, vive em uma era do que vale mais quem tem mais, quem consome mais. Como se os indivíduos fossem o tempo todo avaliados, reconhecidos e julgados pelo que vestem, por seus carros e por seus celulares de última geração.

Será que tudo isso, é na verdade, uma insatisfação de cada indivíduo consigo mesmo e acaba transferindo tudo isso em consumo para se auto aliviar das angústias cotidianas?

O que a sociedade mesmo moderna necessita é de voltar a ser sociedade, família, amigos, brincar se sujando, ouvir mais seus pais, ter limites, acabar com a idéia de que se é sempre coitado, lutar pelos sonhos, amar, respeitar, viver.

 

Conclusão

 

Conclui-se com este presente trabalho que a sociedade parece estar doente, necessitando verdadeiramente de voltar a viver em sociedade.

Propagandas existem para a todo tempo fazer com que as pessoas acreditem que realmente precisam consumir mais e mais. Este consumo desenfreado está fazendo com que esta mesma sociedade se isole cada vez mais, tendo que trabalhar sempre mais para pagar suas contas, para poder consumir de novo mais.

A era da hipermodernidade, está fazendo com que as pessoas adoeçam, no achar que precisam mais e mais das coisas, valorizando demais a parte material de suas vidas e deixando o lado humano esquecido.

Esta mesma hipermodernidade está levando as pessoas a um hiperconsumismo que por muitas vezes nem se necessita do que se consome.

O que era para ser moderno e trazer benefícios para o crescimento da sociedade, está, na verdade, destruindo esta mesma sociedade.